domingo, 19 de maio de 2013

As criações de Shaun Tan


O trabalho ilustrativo de Shaun Tan é extraordinário. Livros como Eric, The Arrival, The Bird King ou The Lost Thing, são caracterizados pelos 'pequenos bichinhos' e pelas cidades ficcionais onde as histórias tomam lugar. Mas, ao contrário de muitos outros ilustradores, são os esboços destas histórias o mais identificativo do trabalho de Shaun Tan. Ficam algumas das criaturas mais importantes das histórias acima mencionadas.
 
Eric
 

The Arrival

The Lost Thing


The Bird King

Koala

A Brief History of Communication


Em pouco mais de um minuto é nos contada a história da comunicação, desde a sua fase inicial com as primeiras pinturas rupestres e mensagens transmitidas pelo fogo, a um período mais tecnológico com o telefone e a radio, até acabarmos num mundo onde tudo é comunicação. A ‘bolinha laranja’ aqui representada como comunicação desloca-se mediante cenários em que condiciona a forma como a sociedade funciona e em que é condicionada por ela, alterando a sua forma de comunicar.
A animação é fantástica: não só pela forma criativa como narra a história, mas também pelo seu desenho simples que nos transporta a um mundo imaginário, onde toda a complexidade da comunicação é esquecida e apreciada como algo ‘belo’, natural e evolutivo.  





quinta-feira, 16 de maio de 2013

Children



Se é praticamente indiscutível que os grandes filmes fazem-nos pensar, então também é praticamente aceite que as grandes animações também o conseguem sem dificuldade. Associa-se a animação às crianças: os bonequinhos simpáticos e os vilões horríveis das histórias entretêm os mais pequenos com as suas aventuras, mas toda a animação tem por detrás uma lição tão complexa como as grandes produções cinematográficas, só compreendida pela atenção e sensibilidade dos mais velhos.
A animação é a magia da infância que nos sorri anos mais tarde, relembrando-nos as intermináveis horas passadas à frente da televisão a assistir os grandes clássicos, e abrindo-nos a porta para novas aventuras. Ainda hoje, a animação é para mim magia. A forma como as histórias são pensadas, escritas e desenhadas, e como nos chegam, através de muitas e variadas técnicas é algo que me surpreende cada vez mais, e me faz procurar cada vez mais descobrir os segredos por detrás da magia.
Children é a primeira animação que apresento. Um curta de cerca de 4 minutos, produzida por Takuya Okada, Takahiro Miyauchi, Naoki Izutsu e Temari Kondo, que nos apresenta o ambiente escuro e cinzento de uma sociedade industrial, onde tudo é igual e se desenvolve à volta de uma mesma rotina. Só pequenos elementos marcam a diferença que quebra a rotina e nos revela o valor das escolhas que fazemos e da vida que escolhemos ter, mesmo que signifiquem ‘remar contra a maré’. 
Deixo o link e algumas imagens retiradas do filme. 









domingo, 12 de maio de 2013

Julgar um livro pela capa?

É frequente ouvir a expressão ‘Não se julga um livro pela capa’ dita em variados contextos, mas neste post deve ser entendida da forma mais literal possível, onde mais uma vez tenho o livro como objecto principal de reflexão. Mas não é um livro qualquer. É o livro que nos acompanha diariamente dentro das nossas malas, com o único intuito de nos preencher as horas livres que passamos num café ou até mesmo presos no trânsito. Os chamados livros de bolso são vistos desta forma pela maioria das pessoas – pequenos, mais leves e práticos de guardar e transportar, estão sempre lá quando precisamos de sair da rotina. Estes são os livros que passam despercebidos a muitas editoras, mas que outras transformam em verdadeiras peças de design, onde o exterior torna o conteúdo muito mais apelativo. E para quem aprecia realmente o acto de ler, toda a experiência se altera quando temos nas nossas mãos um objecto gráfico extraordinário, e a certeza que o número seguinte não nos vai desapontar, porque cada colecção é pensada ao pormenor e desenhada como um todo, mesmo com títulos tão diferentes. A identidade que se cria na capa dos vários volumes e a ligação que as lombadas nos oferece na prateleira, são maravilhosas e o trabalho de David Pearson é o ponto de partida para viagens ao passado e novas descobertas, porque ainda é possível criar objectos de colecção.

Great Ideias são colecções desenvolvidas por Phil Baines, Catherine Dixon, Alistair Hall e David Pearson para a Peguin.
Great Ideas Volume I - 2004

Great Ideas Volume II - 2005
 
Great Ideas Volume III - 2008
 
Great Journeys, também na Peguin, em 2007, com ilustrações de Victoria Sawdon, excepto volume 1 e 11.
 
 
 
 Great Lovers, outra colecção da Peguin, com ilustrações de David Pearson, Victoria Sawdon e Claire Scully, de 2007.
 
 
 
Trabalhos para a Éditions Zulma:

Éditions Zulma I - 2006

  Éditions Zulma II - 2006-08

 Éditions Zulma III - 2007-08
 
 
White's Books, uma colecção de 2008:
 
 Jane Eyre, ilustração por Petra Borner
 
Treasure Islanda, ilustração por Stanley Donwood
 
The Christmas Books, ilustração por Joe McLaren
 
Sonnets and Poems, ilustração por David Pearson
 
“The fact that these little paperbacks make heavyweights like Freud, Nietzche, and Machiavelli look so appealing means I may actually read on”
Zoe Bather, Frost Design
 
“Pearson has made the humble paperback covetable again”
The Guardian