Marta Carreté resumiu, na sua apresentação nos Encontros com Ilustradores, todo o que é necessário para que a magia da ilustração aconteça em apenas 10 tópicos, aqui em fotografias tratadas.
sábado, 8 de junho de 2013
Animação Plástica
Teresa Cortez foi um dos muitos nomes presentes nos Encontros de Ilustradores, que partilhou a sua experiência enquanto ilustradora. Ao mencionar que também realizava pequenas animações e ao verificar que os seus trabalhos eram todos muito plásticos, a curiosidade levou-me ao seu site e descobri pequenas animações muito interessantes e provas de como a ‘plasticidade em movimento’ pode ser fantástica e muito divertida.
"(A.D.) After Duchamp", 2008
"Sparkling Diamonds", 2006
Encontro com Ilustradores
Nesta sexta-feira, dia 7 de Junho, o Grande Auditório foi invadido por um grande conjunto de ilustradores, dispostos a falar sobre o seu trabalho, os “salários”, as dificuldades em ser ilustrador e a vida de ilustrador num mundo criativo, mas em crise. Deixaram-se incentivos, conselhos e duras realidades a uma plateia atenta e interessada no tema, nas ilustrações projectadas e nos livros folheados, que passavam de mão em mão.
No fim, reteve-se o mais importante dessa profissão: nem sempre se é pago por um trabalho, e quando se é, nem sempre se é bem pago; hoje em dia, nem todos os livros são grandes sucessos editoriais, no entanto são mais valias experimentais para quem os concebe; com as poucas horas que se dispõem para fazer uma ilustração, é importante saber o mais possível sobre o tema da ilustração, realizar esboços rapidamente e comunicar com o empregador; apesar de muitos trabalhos serem encomendados e terem directrizes especificas e poucos flexíveis, é importante continuar a realizar trabalhos mais livres e pessoais, porque dai poderá resultar grandes oportunidades. Vozes mais experientes diziam ainda: ‘é importante gostar do que se está a fazer.’ e ‘Não percam a ilusão!’
Mais um ano, mais uma Type Jam
Considerada uma noite de experimentação e provocações, a
Type Jam regressou às salas de Belas-Artes na noite de 4 para 5 de Junho, com
mais gente do que o habitual e pela primeira com a participação do curso de
Design de Equipamento. Alunos do 1º,2º, 3º ano e antigos alunos reuniram-se em
12 grupos para desenvolverem, durante 12 horas, projectos sobre os filmes de
Peter Greenaway, nomeadamente uma publicação e um objecto por grupo.
Embora a dinâmica da noite não tenha sido muito grande, com
alunos a abandonar a faculdade perto das 6.30 da manhã, enquanto outro viam o
nascer de mais um dia no terraço, em todas as salas reinava a confusão de
comida, materiais e ideias, que invadiram os corredores e resultaram numa série
de objectos escultóricos e publicações, que podem ser observados nos corredores
do 2º piso, e principalmente à frente da sala 4.16.
Árvores, zebras, banheiras, ovelhas e muito papel perturbaram
o silêncio da noite e completaram mais um Type Jam Session. Para o ano há mais…
Worl Communication Design Day
Para comemorar o Dia Mundial do Design de Comunicação foi
planeada e montada uma exposição no átrio do Grande Auditório, com os trabalhos
realizados pelos alunos do 2º ano, sobre as mudanças e constantes do Design. Por
problemas técnicos foi impossível concluir a exposição, mas espera-se uma nova
oportunidade.
Ficam algumas fotos do processo de montagem, tiradas pela Joana Gomes. Um obrigado especial a ela e a todos os que contribuíram para esta exposição.domingo, 19 de maio de 2013
As criações de Shaun Tan
Eric
The Arrival
The Lost Thing
The Bird King
Koala
A Brief History of Communication
Em pouco mais de um minuto é nos contada a história da
comunicação, desde a sua fase inicial com as primeiras pinturas rupestres e
mensagens transmitidas pelo fogo, a um período mais tecnológico com o telefone e
a radio, até acabarmos num mundo onde tudo é comunicação. A ‘bolinha laranja’
aqui representada como comunicação desloca-se mediante cenários em que
condiciona a forma como a sociedade funciona e em que é condicionada por ela,
alterando a sua forma de comunicar.
A animação é fantástica: não só pela forma criativa como
narra a história, mas também pelo seu desenho simples que nos transporta a um
mundo imaginário, onde toda a complexidade da comunicação é esquecida e
apreciada como algo ‘belo’, natural e evolutivo. quinta-feira, 16 de maio de 2013
Children
Se é praticamente indiscutível que os grandes filmes
fazem-nos pensar, então também é praticamente aceite que as grandes animações
também o conseguem sem dificuldade. Associa-se a animação às crianças: os
bonequinhos simpáticos e os vilões horríveis das histórias entretêm os mais
pequenos com as suas aventuras, mas toda a animação tem por detrás uma lição tão
complexa como as grandes produções cinematográficas, só compreendida pela
atenção e sensibilidade dos mais velhos.
A animação é a magia da infância que nos sorri anos mais
tarde, relembrando-nos as intermináveis horas passadas à frente da televisão a assistir
os grandes clássicos, e abrindo-nos a porta para novas aventuras. Ainda hoje, a
animação é para mim magia. A forma como as histórias são pensadas, escritas e
desenhadas, e como nos chegam, através de muitas e variadas técnicas é algo que
me surpreende cada vez mais, e me faz procurar cada vez mais descobrir os
segredos por detrás da magia.
Children é a primeira animação que apresento. Um curta de
cerca de 4 minutos, produzida por Takuya Okada, Takahiro Miyauchi, Naoki Izutsu
e Temari Kondo, que nos apresenta o ambiente escuro e cinzento de uma sociedade
industrial, onde tudo é igual e se desenvolve à volta de uma mesma rotina. Só pequenos
elementos marcam a diferença que quebra a rotina e nos revela o valor das
escolhas que fazemos e da vida que escolhemos ter, mesmo que signifiquem ‘remar
contra a maré’.
Deixo o link e algumas imagens retiradas do filme.
domingo, 12 de maio de 2013
Julgar um livro pela capa?
É frequente ouvir a expressão ‘Não se julga um livro pela capa’ dita em variados contextos, mas neste post deve ser entendida da forma mais literal possível, onde mais uma vez tenho o livro como objecto principal de reflexão. Mas não é um livro qualquer. É o livro que nos acompanha diariamente dentro das nossas malas, com o único intuito de nos preencher as horas livres que passamos num café ou até mesmo presos no trânsito. Os chamados livros de bolso são vistos desta forma pela maioria das pessoas – pequenos, mais leves e práticos de guardar e transportar, estão sempre lá quando precisamos de sair da rotina. Estes são os livros que passam despercebidos a muitas editoras, mas que outras transformam em verdadeiras peças de design, onde o exterior torna o conteúdo muito mais apelativo. E para quem aprecia realmente o acto de ler, toda a experiência se altera quando temos nas nossas mãos um objecto gráfico extraordinário, e a certeza que o número seguinte não nos vai desapontar, porque cada colecção é pensada ao pormenor e desenhada como um todo, mesmo com títulos tão diferentes. A identidade que se cria na capa dos vários volumes e a ligação que as lombadas nos oferece na prateleira, são maravilhosas e o trabalho de David Pearson é o ponto de partida para viagens ao passado e novas descobertas, porque ainda é possível criar objectos de colecção.
Great Ideias são colecções desenvolvidas por Phil Baines, Catherine Dixon, Alistair Hall e David Pearson para a Peguin.
Great Ideas Volume I - 2004
Great Ideas Volume II - 2005
Great Ideas Volume III - 2008
Great Journeys, também na Peguin, em 2007, com ilustrações de Victoria Sawdon, excepto volume 1 e 11.
Great Lovers, outra colecção da Peguin, com ilustrações de David Pearson, Victoria Sawdon e Claire Scully, de 2007.
Trabalhos para a Éditions Zulma:
Éditions Zulma I - 2006
Éditions Zulma II - 2006-08
Éditions Zulma III - 2007-08
White's Books, uma colecção de 2008:
Jane Eyre, ilustração por Petra Borner
Treasure Islanda, ilustração por Stanley Donwood
The Christmas Books, ilustração por Joe McLaren
Sonnets and Poems, ilustração por David Pearson
“The
fact that these little paperbacks make heavyweights like Freud, Nietzche, and
Machiavelli look so appealing means I may actually read on”
Zoe
Bather, Frost Design
“Pearson
has made the humble paperback covetable again”
The
Guardian
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